Não fujo nem corro
Destino foi abraçar
A melodia que nasce em nós
E que nos faz voar

Voar
Cantar
Crescer
Vencer

Ao longe...
A janela da vida,
A porta dos sonhos,
Que te elevam aos céus,
Que te mostram canções
De feridas eternas,
De glórias e paixões...

As fadas...
São muito desconfiadas:
Quem as vê não há-de rir
Querem elas que as respeitem
E não gostam que as espreitem
Nem se lhes há-de mentir

Quem as ofende... cautela!
A mais risonha, a mais bela
Torna-se logo tão má
Tão cruel, tão vingativa
É inimiga agressiva
É serpente que ali está

E têm vinganças terríveis
Semeiam coisas horríveis
Que nascem logo do chão
Línguas de fogo, que estalam
Sapos com asas, que falam...

Quantas vezes já deitado
Mas sem sono, inda acordado
Me ponho a considerar
Que condão eu pediria
Se uma fada, um belo dia
Me quisesse a mim fadar
O que eu seria?

As fadas... creia nelas!
Umas são moças e belas,
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos...
Riem e cantam à beira mar

Algumas em fonte fria
Escondem-se enquanto é dia
Saem só ao escurecer
Outras, debaixo da terra
Nas grutas verdes da serra
É onde se vão esconder

O vestir... são tais riquezas
Que rainhas nem princesas
Nenhuma assim se vestiu
Porque as riquezas das fadas
São sabidas e celebradas
Por toda a gente que as viu

Quando a noite é clara e amena
E a lua vai mais serena
Qualquer um... as pode espreitar

Musa infinita
Que esbelta o seu canto
Em danças volúpias
Veste o seu manto

Mas a harpa tão linda
Rompe o seu véu,
Invade o seu corpo
E leva-a ao céu

Trevas brancas
De sangue perdido,
Não esquecem a vida
Falam só em destino

Se a sentires em ti,
Ouve-a chorar,
Nem sempre o que diz
A faz cantar

O seu brilho é aurora
Que penetra o sol,
Aclara a nascente,
Fica em "bom lençol"

Maybe the incertitude
Takes you from your intimate
That adorning light rights...
(Of) equals words

But I don't know
And I don't care
What you think
When I'm looking for
Your clear smile

Nobody knows
What I'm looking for
Nobody cares
What I feel

My life is the end of something
Something that never begins
Something grow inside me
Maybe a terrible nightmare
Tears fall like rain
Like rain

And the world is invited
To enjoy in all my madness

And breathe for the last time
The rose that you put on my grave

And feel the wind through your hair
Like a hand who wants to hang you
From the sky...

[Instrumental]

Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será para ti
Outra que eu souber será para ti

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor
Perde a estrela d'alva o seu fulgor

Perde a estrela - d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme qu'inda a noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer
Deixa-a vir também adormecer

Cefeu e Cassiopeia acreditavam
Que a sua filha Andrómeda
Era a mais bela...

Contavam-lhe histórias de iras
E de amores trágicos
Em outras vidas.

Este acto de Hyubris
Faz acordar Zeus
Que zangado canta

Não há ninguém mais belo que Afrodite
Só ela é que me encanta...

O rio corre com o barco ao longe
O remo salta sem se apanhar
A vida corre como ingrata
Como água perdida que vai para o mar

Esmolas pedes de porta em porta
E gota a gota vais conseguir
Na paga de uma promessa
O que me juraste a pedir

Mulher do Rio
Mulher Descalça
A morte chega
Teu barco passa...

Criaste os filhos na tua pobreza
Pescaste tudo o que os podia salvar
Remaste a favor da corrente
Corrente essa que agora te quer matar

Cantaste-me a mais bela canção
E hoje eu dedico-te a minha
Mulher do Rio chamar-lhe-ei
Mulher Descalça por ti serei.

Mulher do Rio
Mulher Descalça
A morte chega
Teu barco passa...

Pequenas criaturas
Do meu reino místico

Fadas ou Duendes
Fazem de nós crentes

São o que o Ser Humano acredita
Nos primeiros anos de vida

E ainda existe quem lhes chame fantasia

Cabelos molhados
De tanto chorar
Sou a Fada da Morte
Não te posso perdoar

Sanctus, Spiritus, Spiritus, Sanctus
Spiritus, Spiritus, Sanctus
Spiritus, Spiritus, Sanctus
Spiritus, Spiritus, Sanctus
Spiritus, Sanctus
Spiritus, Sanctus

Abre as asas
E voa pelo destino cruel e doce
Verás no céu o anjo que te aguarda
O santo das trevas
E o espírito das almas...

Onde só as fadas te poderão encontrar
E pelo caminho te irão guiar

Se te alcançam levam-te
Se ficares viverás morto
Num terra inóspita
De seres ocos

Por entre brumas, águas e florestas
Até à Terra Prometida

Abre as asas
E voa pelo destino cruel e doce
Verás no céu o anjo que te aguarda
O santo das trevas
E o espírito das almas...

Nem sempre o caminho
Percorrido pelo Homem
É o caminho escolhido
Por Zeus...